quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vivências efémeras




Talvez por causa do dia de chuva que me envolve e devora, ou por me encontrar sozinha, talvez por estar melancólica ou por simplesmente ter saudades de alguém que ja partiu, talvez por tudo ou por nenhuma das anteriores razões,abri alguns baús da minha memória, empoeirados pelo tempo, tempo esse que não volta mais.
Caminhei por entre as minhas entranhas, fui até ao âmago, abri as miríades de portas que se impõe até la, nas quais onde as chaves não são de prata nem de ouro mas de uma liga de sentimentos misturados com lágrimas decantadas, que criam a mais forte união e durabilidade.
Entrei, sentei-me  no muro que separa o estado consciente do inconsciente e comecei a reler-me no meu longinquo passado por entre penumbras oscilantes.
Atento num zumbido citilante de uma estrela cadente que desapareceu, entretanto as palavras sem que desse conta apagaram-se.
 Perscruto a razão questionando-a  e ela apenas me diz que é hora de me reinventar, cobrindo-me de um novo alento sem olhar para o que ficou para trás, pois levaria um tempo infinito,desumano, para erguer peça a peça do que fui.

By :  Mónica Teixeira 

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