sábado, 13 de outubro de 2012

Mirah

sábado, 4 de agosto de 2012

Baluarte

O baluarte desfez.se…magoa-me a alma, as pálpebras doem de tanto desalento, não sei as horas, a noite já vai longa.
O vento traz sussurros antigos à memória,  levemente passageiros, amargos, mas cheios de saudades. Balanço na cadeira e vejo as estrelas…estrelas essas que em tempos assistiram à nossa felicidade. Há um tempo que é necessário deixar tudo para trás, cortar as amarras e navegar para bem longe...novas aguas,novos mares.
Não quero ouvir nada, não digas nada..o que resta é misterioso, temível mas inteiramente infinito.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fios do tempo

A noite chega-me irrequieta porque no dia o tempo escoou com a velocidade de um século num milésimo de segundo.... a condensação dos medos a aflorar, aquele turbilhão que te faz ficar hipnoticamente zonzo e te sufoca a alma...sim, tudo num segundo.
Mas são apenas fios de um cobertor que te aquecerá a alma quando fores bem velhinho, são fios do tempo que traçam a tua história, ora se soltam as pontas, ora se dão nós, ora se quebram e lá vais tu procurar mais fios à tua capacidade de resistir ás adversidades, lá bem no fundo, naquele lugarzinho que só tu sabes, para continuares a tecer.
E levantas-te mais uma vez, porque o universo inteiro habita dentro de cada um, céus, terra, mar, relâmpagos estão dentro de nós.
Tudo o resto ficou no nada, no pó, no esquecimento da alma, mas tive o cuidado de embrulhar num pano de seda, guardada por um Minotauro que jamais será derrotado.
Estremeço pela última vez num amargor que evoca a tua ausência, por fim apaga-se o rasto de tinta, ficando o fingimento sibilante do sorriso e o ruído quase imperceptível que vem do coração;

By: Mónica Teixeira*

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Canto do teu Quarto

Quem sou eu quem és tu?
Eu sei quem tu és e tu não imaginas quem eu sou
Eu sou aquela sensação que tu tinhas em estar algo a olhar para ti numa rua vazia.
Eu sou aquele arrepio que tu sentes quando falas em algo que não acreditas
Lembras te da sensação que tu tinhas quando calçavas as pantufas e olhavas para baixo da cama e pensavas que algo estava lá?
Eu dou te uma noticia eu sempre te vi eu sempre te segui.
Eu olhava para ti no canto do teu quarto enquanto choravas por seres humanos que se magoavam e te magoavam
secei as tuas lágrimas quando adormecias senti o frio do teu quarto quando estava naquele canto escuro.
Eu esperei mil anos por ti passados de gerações.
 Eu sou o invisível e visível na tua mente. Eu sou de quem te escondias debaixo dos lençóis quando sentias um bafo friorento no teu pescoço.
Era eu a dar te um beijo de boa noite.
 Eu alterei todos os teus sonhos foste manipulada por a minha voz que sussurrava na tua mente.
Em noites de lua cheia envolvia te em um manto negro rezava mil rezas e fazia te sentir em outro mundo.
Eu sou a tua voz eu sou a tua mente. eu sou quem comanda os teus gestos eu sou o sorriso no canto escuro do teu quarto.
Eu e tu somos o mesmo em cantos diferentes.

O Beco


Por ruas imundas e sujas
Eu sou o monstro colado no imaginário
Sou o Minotauro que cela a tua saída.
Sou eu que trago o livro mágico que te fará tornar num homem mais honesto e com uma alma mais limpa.
Vagueio por noites e dias limito me a escutar os vossos pedidos e os vossos desejos mais imundos.
Faço um restart na tua mente transformo te em uma deusa após ter sido espezinhada por uma sociedade imaginaria.
Uma pseudo sociedade.
Segredos que a deusa guardou na cripta em uma caixa fechada por as mil chaves espalhadas nos ventos do norte.
São segredos de um processo de humanização.
Que te tornarão num humano bem visto nos olhos da nossa mãe lua.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

100%


Um símbolo sozinho pode não representar nada, mas se todos se juntarem, um símbolo pode significar muito, pode significar a mudança de um país!
Estas com medo por não conseguir reagir ao aposto que o teu corpo pede?

És um homem! Não terás o que temer mais.
Eis que me fiz de santo quando na verdade era o demônio.Esconde-te forma um objectivo manipula esse objectivo pois ninguém tem mais força do que tu senão tu mesmo.

Idéias não são só carne e osso. Idéias são  à prova de balas.
Igualdade, justiça e liberdade são mais que palavras; são perspectivas!

Viverás como um  cobarde em tua própria  vida, como o pobre gato na rua.. ? Deixa para trás o "Eu não posso"  .

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nós

Num ápice toda a memória revive, dás conta das palavras que ficaram paradas, suspensas no inexorável fluir do tempo que passou sem que desses conta.
No findar da bruma sinto o vento que me retalha e transforma a mente, os fragmentos unem-se vagamente, revivo o abstracto construído nos olhos que o pensamento rejeita.
Desatam-se pontas e atam-se nós bordados de nostalgia.



By: Mónica Teixeira

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vivências efémeras




Talvez por causa do dia de chuva que me envolve e devora, ou por me encontrar sozinha, talvez por estar melancólica ou por simplesmente ter saudades de alguém que ja partiu, talvez por tudo ou por nenhuma das anteriores razões,abri alguns baús da minha memória, empoeirados pelo tempo, tempo esse que não volta mais.
Caminhei por entre as minhas entranhas, fui até ao âmago, abri as miríades de portas que se impõe até la, nas quais onde as chaves não são de prata nem de ouro mas de uma liga de sentimentos misturados com lágrimas decantadas, que criam a mais forte união e durabilidade.
Entrei, sentei-me  no muro que separa o estado consciente do inconsciente e comecei a reler-me no meu longinquo passado por entre penumbras oscilantes.
Atento num zumbido citilante de uma estrela cadente que desapareceu, entretanto as palavras sem que desse conta apagaram-se.
 Perscruto a razão questionando-a  e ela apenas me diz que é hora de me reinventar, cobrindo-me de um novo alento sem olhar para o que ficou para trás, pois levaria um tempo infinito,desumano, para erguer peça a peça do que fui.

By :  Mónica Teixeira 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ain't No Sunshine


Não havia brilho quando ela foi embora
Eu sabia que a viagem dela era inevitável, noites e noites eu imaginei a viagem dela.
Mas eu sei e sabia que não havia sol nem luz no sei olhar quando me disse adeus.
Pergunto-me se ela vai voltar quando o dia não tiver sol sem nuvens no céu.
Imagino onde ela estará o que estará a fazer … eu sei que ela vai voltar.

Mas só existem dias horríveis e bastante escuros e ela não vem.
São dias e noites incontáveis que eu espero a chegada dela mas é sempre o mesmo a mesma rotina.
Esta casa não e o seu lar e eu sei que ela vai voltar.
Sentado no telhado acendo um cigarro e risco mais um dia no meu calendário imaginário, mais um dia que ela não vai voltar. 
Ela sempre se foi a qualquer hora, a qualquer momento, ela ía e voltava ía e voltava vezes sem conta.
Mas agora ela foi e já não voltou.
Uma demora que me mata por dentro e não demonstro por fora
Por entre palavras, estradas e vidas talvez ela tenha perdido o retorno para casa, enquanto eu a espero desesperadamente no meu telhado juntamente com a chuva que me cai em cima e refresca os meus pensamentos.
Um vento que me leva os pensamentos para o outro lado do mundo
São apenas uns sentimentos que este velho que espera ……
Mas eu sei que quando voltares eu vou estar ao teu lado eternamente, mesmo que não voltes eu vou viver com a esperança que um dia voltaras e estarás ao meu lado para sempre…
E assim passo mais um dia no `paraíso` com os meus pensamentos.

By : Tiago Silva

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nós somos 2


Ás vezes eu esqueço-me de respirar e consigo penetrar o meu subconsciente.
Vejo o que não quero ver, vejo o que ele não quer ver.
As vezes eu sinto que confiei em alguém errado. Mas esse alguém é o meu 2º eu e eu só quero ficar sozinho .
Eu sei que ele existe e ele sabe da sua existência mas ele não sabe da minha existência.
   Dor raiva e ódio surgem nos meus sonhos.
Esses sonhos eram 10 vezes mais lindos do que sonhar com alguém que gostasse.
Os gritos, a dor que eu ouvia nos meus ouvidos eram mais agradáveis do que saborear um bom vinho.
Por vezes eu adormeço, duplico a minha mente, algo que faço e não me recordo de o fazer.
Acordo sem qualquer explicação para o sucedido. A única lembrança é de eu estar a ser levado pelo sono que me fecha os olhos.


E hoje acordo como se tivesse completado algumas missões ou tivesse saciado a minha vontade de ver vidas a passar pelas minhas mãos.
Estado de loucura,de amor pela a pura maldade era bastante possível
 por entre as ruas negras com um calçado sujo, eu sento-me e espero que as respostas me caiam do céu.
Já não me conheço, os meus amigos já não me conhecem, sinto-me confuso e não consigo ver o que é real ou o que é pura imaginação do meu 2ºeu.
Estou sempre a um passo atrás do meu próprio passo.
Só quero a verdade e aceitar o meu lado amável e o meu lado mais negro.


Dupla personalidade… Uma das doenças que afecta alguns dos maiores pensadores , empresários e filósofos assim como afecta os maiores criminosos e serial killers do mundo…
Só tu podes escolher o lado para que lutas ou então podes apenas deixar-te  levar  deixando que o destino escolha.
By: Tiago Silva

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Indagar o Âmago


Bóiam no limiar do meu ser mistérios e medos, são águas profundas pelas quais ainda ninguém se atreveu a navegar, desprende-se deles um cheiro amargo que me mortifica.
É lá que se fundem na mesma percepção a dor da limitaçao e a vitalidade da esperança.
Quando vem o crepúsculo tudo fica submerso pelas agruras da vida, que vão corroendo as condições básicas de felicidade.
Quero a aurora para que venha a alegria  perfeita que não é deste mundo, espero-a com passos rectilíneos, mas ela demora-se e acabo por adormecer ao lado do sono.
Porque a felicidade foge pelos interstícios da consciência, quero também eu a inconsciência, virtualidade diáfana essa.
O tempo escoa, enrolo o coração num pano de flanela, para que não venha a noite e me cubra com o lençol de insónias tricotado com uma tal de melancólica inércia.
Este é o meu modo secreto de viver ou quem sabe talvez endoidecer.  


By: Mónica Teixeira*

domingo, 9 de outubro de 2011

Dealbar das Vivências


São as adversidades que estimulam as nossas capacidades, a nossa criatividade para dar a volta aos obstáculos (que não são eles tão poucos quanto isso) e sair triunfantes. Nunca vi acomodação trazer progresso, pelo contrário é com determinação, esforço, dedicação, que se conquista algo e se avança.
Deixem-me que vos diga que o mais complicado para avançar talvez seja quando somos obrigados a perder para que possamos mais adiante ganhar.
Quando por força maior temos que recuar no caminho, deixar o que já conquistamos para poder abraçar algo mais adiante, é ter a força interior para abdicar, desprender e largar definitivamente o que já nos pertence para conhecer uma nova página.
Temos de reconhecer quando chega o fim, quando algo simplesmente vai embora porque persistir nisso não nos deixaria viver o futuro, não se pode estar em dois tempos ao mesmo tempo num presente e agarrados a um passado.
Por mais que isso me dilacere interiormente terei de o fazer pois a bagagem das vivências pesaria demasiado e a minha vulnerável alma não seria capaz de a suster, mas acredito que se algo tiver de permanecer por mais que abra mão manter-se-á imóvel.
E isso é algo contra o qual não se pode lutar pois ninguém consegue viver o que é, se constantemente se focaliza no que foi.

By: Mónica Teixeira

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

1200 Gramas de solidao


Continua a ser aquilo que tu és
És livre de fazer o que quiseres
A terra anda e corre encanta e morre
Foi algo que eu sempre ouvi.


Desde novo eu sempre fui diferente preferia estar sozinho
Nunca mudei o curso da história do mundo como sempre sonhei
Em criança imaginei me perfeito em todos os pontos envelheço a minha mente e não me torno adulto
Ideias e palavras sempre foram guardadas para mim
o que sou o que fiz cometi erros só mais tarde percebi que era errado
Continuo aquele menino que se sentava no canto da escola a ler algo e a imaginar o que irei ser quando fosse mais velho.
A noite suspira e chama me para vaguear em noites sombrias o silencio já me arrepia e vozes não param de surgir no meu quarto.
Diziam que era diferente então um dia eu vou lhes escrever um livro... Não um livro inexistente.
Vamos testar a vossa telepatia.
Sozinho cai na maior cilada e sentado no telhado brinco com exércitos de plasticina.
  Imaginei que iriam conseguir ganhar a minha guerra com a vida mas ate mesmo na imaginaçao eu perdi.
 Foram 11 meses sem ver a luz do dia e viciei me em nicotina e cafeína e o silencio paralisa me na vida.
  Continuamos escondidos nos 4 ventos
Consegues me ouvir fecha os olhos e ouve tudo aquilo que eu te digo
Ou lê isto e imagina te no meio de uma fogueira a viajar no tempo
A nossa voz ecoa impossível tu não conseguires fazer essa mente voar

by: Tiago rosa